Solução da Quiron monitora ataques de pragas e outras doenças florestais sem necessidade de idas a campo

Publicado 06/01/2022

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Solução da Quiron monitora ataques de pragas e outras doenças florestais sem necessidade de idas a campo

Com mais de 2.200 funcionários, uma estrutura integrada com 54 mil hectares de florestas para produção de fibras, uma unidade de produção de papel e quatro plantas de conversão de papelão ondulado no Brasil, a empresa americana Westrock tem voltadas as atenções no país para os estados da região sul, como Paraná e Santa Catarina. 

De acordo com dados da própria companhia, são mais de 10 milhões de mudas produzidas todos os anos, suprindo a demanda da empresa, em árvores de Pinus e Eucalyptus

Graças aos avanços de técnicas de biotecnologia e melhoramento genético, as mudas da Westrock no Brasil conseguem índices de produtividade que são referência internacional, com números até 40% superiores à média nacional e 60% superiores à média da América Latina  – mais que o dobro da produtividade verificada nos Estados Unidos e na África do Sul, por exemplo.

Para a companhia, que assume promover uma silvicultura sustentável –  cumprindo leis ambientais e seguindo informações científicas, como os programas Natural Heritage e NatureServe, promovendo a produtividade florestal a longo prazo, protegendo a diversidade biológica – , entender os fatores-chave de uma produção de árvores saudável e com equilíbrio de qualidade é fundamental. 

Neste sentido, a solução Diagnosis, da Quiron, oferece significativa vantagem, pois possibilita aos gestores florestais maior assertividade, mostrando indicadores sensíveis e variáveis do ambiente. O Diagnosis apresenta determinação precisa das anomalias na área plantada, como fatores históricos, genéticos e indicadores florestais e ambientais que ajudam no combate às pragas e doenças, mostrando o dimensionamento de ocorrência e o diagnóstico de área para identificação do ataque, com análise temporal para três anos através de imagem de satélite. 

Indicações de pragas e doenças é chave para perceber sanidade da floresta

Publicado em 2021, pelo Instituto de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Minas Gerais, o Novo Manual de Pragas Florestais Brasileiras envolveu mais de 70 autores de diversas universidades, empresas e centros de pesquisa, como a EMBRAPA

Entre os maiores problemas relacionados às patologias vegetais de Pinus destacadas no livro, listam-se infestação de diferentes pragas, mas todas com casos registrados nos estados da região sul do Brasil (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul), onde a Westrock tem árvores cultivadas, além de São Paulo e Minas Gerais. São eles pulgão-gigante-do-pinus, pulgão-lanígero-do-pinus, gorgulho-do-pinus e vespa-da-madeira. Todas essas podem ser visualizadas de forma eficiente com a solução Diagnosis. 

Pupa de Sirex noctilio (vespa-da-madeira) dentro de câmara pupal. Foto livro: Novo Manual de Pragas Florestais Brasileiras, pp. 942

“Vespa-da-madeira, outras pragas, como amarelão, quando começam a afetar a floresta já é possível de notarmos isso.  Se houver um monitoramento constante, quando iniciar uma queda desse vigor, dessa boa condição da floresta, o Diagnosis já vai emitir um alerta, para que possa ser feita uma avaliação a campo”, comenta o líder de Pesquisa e Desenvolvimento da Quiron, Adam Marques

Além dessas pragas, dados compilados pela pesquisadora Carla Talita Pertille, que também faz parte do time da Quiron, mostram a influência da ação de macacos da espécie Sapajus nigritus, o famoso macaco-prego, nas copas superiores de árvores de Pinus Sp, no estado de Santa Catarina, descascando o tronco em busca de resinas açucaradas

“Quando utilizamos Diagnosis de forma completa, fazemos essa avaliação temporal, do desenvolvimento da floresta, e avaliamos quando a floresta estava com um bom vigor, e quando ela perde esse vigor, por algum motivo. Não é tanto algo relacionado ao solo, ou onde ela está localizada, mas sim algo que afetou o crescimento, através de uma análise comparativa de diagnóstico do desenvolvimento. Assim conseguimos captar essas variações, de uma forma mais precisa, além de indicar que ali sim está tendo o ataque de uma praga, ou uma doença naquele local. Já em alguns problemas, como o do macaco, que descasca o tronco das árvores em busca de alimento, podemos indicar com um bom direcionamento graças ao algoritmo que utilizamos, porque ele já reconhece, pelas análises históricas, que foi identificado problemas semelhantes em florestas de pinus”, garante o líder de Pesquisa e Desenvolvimento da Quiron, Adam Marques

Outros indicadores também são combustíveis para as análises do Diagnosis, como fatores sazonais, climatológicos e meteorológicos. Todos eles são importantes e têm o seu grau de contribuição no algoritmo utilizado. De toda forma, o  Diagnosis tem um diferencial que, quando feita uma avaliação histórica, a solução busca neutralizar o efeito ponderante da correlação sazonal. 

Dessa forma, as variações decorrentes do clima, apesar de impactantes, são neutralizadas durante a  análise, entregando possíveis perdas de vigor em função de pragas de forma mais efetiva e exitosa.

“Se eu comparar o vigor bruto do inverno com o verão, por exemplo, eu tenho uma diferença gritante, e eu posso até dizer, erroneamente, que a floresta está doente. Mas o Diagnosis tem esse diferencial: neutralizando essas variações sazonais, conseguimos identificar quedas de vigor em função de ataque de pragas com menos indicações de falsos positivos”, lembrou o pesquisador.   

Desde 2018, a Quiron já monitorou 36 mil hectares de florestas com o Diagnosis.

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