Riscos de incêndio se alinham às variáveis meteorológicas e outros fatores; entenda mais sobre escala de gravidade
Índices de risco de incêndios florestais costumam ser um dos primeiros dados que gestores, bombeiros e profissionais da cadeia produtiva florestal analisam quando precisam cuidar dos possíveis casos de ignições.
Da parte dos bombeiros, as metodologias que empiricamente são mais lembradas neste contexto dizem respeito às referências de 30-30-30. Ou seja, há o entendimento repassado ao longo do tempo, dentro da corporação, de que existe uma condição ideal para propagação de incêndios quando há temperatura acima de 30°C, umidade relativa do ar menor que 30% e ventos acima de 30 km/h.
Em outra linha, existem índices mais técnicos e assertivos, também metodologicamente mais aceitos em diferentes países. O FWI (Fire Weather Index), por exemplo, é uma ferramenta para a classificação da perigosidade meteorológica de incêndio desenvolvida pelo Serviço Canadense de Florestas, que engloba índices que quantificam precipitação, quantidade de combustíveis disponíveis e a respectiva umidade, além de temperatura e intensidade de vento.
Acrescido a isso, a quantificação da Probabilidade de Extremos no FWI indica a possibilidade de um incêndio já detectado ter uma liberação de energia significativa a ponto de ocasionar um fogo severo e de difícil combate. As ponderações são classificadas em: reduzido, moderado, elevado, muito elevado e máximo.
Essa indicação primária, muitas vezes repassada de boca-boca por quem costuma lidar com as situações limite, tendo como evidência apenas indicadores on-line, que apresentam os índices FWI numa mesma região, se depara com entraves nem sempre lembrados, como condições meteorológicas graves e a influência humana no terreno, que condicionam de forma muito especial a propagação do fogo diretamente num local.
Mais estratégicos, dados que incidem sobre o ponto de interesse só são trazidos por indicadores mais atuais, englobando variáveis mais precisas, com resultados nítidos e dados consolidados.
A solução Flareless, da Quiron Digital, considera temperatura, umidade, incidência de vento e mais de 12 variáveis para o cálculo do risco de incêndio, entregando um mapa detalhado com resolução espacial de 10 metros. Algumas variáveis são dinâmicas, e por isso necessitam de monitoramento constante pois podem sofrer influência direta das mudanças meteorológicas e influência antrópica (fatores humanos) de cada local, como por exemplo a quantidade de material combustível disponível para queima, além de condições vegetativas que venham a influenciar a ignição.
“Em uma área muito grande, acaba se tornando muito complexo avaliar índices, já que normalmente esses dados são provenientes de estações meteorológicas, fornecendo baixa resolução de monitoramento. Só com esses dados não conseguimos identificar o real risco de cada local, pois estamos vendo apenas a extrapolação dos dados entre estações e desconsiderando os fatores vegetativos e humanos que ocorrem em cada local, ou do próprio relevo, que não é contemplado nesses índices. Assim, na prática, mapas de risco de fogo gratuitos apresentam de maneira simplificada as condições de severidade meteorológica associadas à ocorrência de incêndio”, lembrou Adam Marques, mestre em Engenharia Florestal e Head de Pesquisa e Desenvolvimento da Quiron.
Na Quiron, são seis as classificações utilizadas no risco de incêndio:
- Nulo
- Baixo
- Moderado
- Alto
- Muito Alto
- Extremo
Além desses, há ainda a indicação de black dots, pontos específicos e localizados no mapa disponibilizado onde o problema da dispersão do fogo pode ser mais crítico. O exemplo abaixo mostra como funcionam os gráficos e as imagens na plataforma da Quiron.
Portais de acesso livre também mostram índices de incêndios; veja comparação
Ferramentas disponibilizadas gratuitamente pela internet também mostram possibilidade de ocorrências de incêndios. Menos precisos, esses índices não levam em conta todos os fatores que são evidenciados pela solução Flareless, da Quiron.
Veja os exemplos
Predição da Quiron em Humaitá (AM), em agosto de 2021:
Dados do INPE – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, no mesmo período:
Avaliação do INMET, na mesma localidade:
Na nova plataforma, predição Quiron no dia 03 de maio de 2022 apontou quase 80% da área monitorada na região de Três Lagoas (MS) como muito alta para ocorrência de incêndios. Acompanhe o monitoramento em tempo real aqui: